Pessoas autistas enfrentam desafios diários que muitas vezes passam despercebidos pela sociedade. Além das dificuldades próprias do transtorno, os autistas adultos frequentemente lidam com comentários e perguntas que, embora possam parecer inofensivos ou bem-intencionados, revelam uma falta de compreensão sobre o autismo.
Para quem vive no espectro, essas frases podem ser cansativas, frustrantes e, por vezes, desrespeitosas.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é chamado assim porque abrange uma gama diversificada de sintomas e níveis de suporte.
O TEA é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos ou interesses restritos.
Acredita-se que há múltiplas causas para o autismo, entre elas, fatores genéticos, biológicos e ambientais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as características do autismo podem ser detectadas na primeira infância, mas o autismo geralmente só é diagnosticado bem mais tarde, algumas vezes, na fase adulta.
É importante saber dentro do espectro autista existem muitas diferenças e singularidades e níveis de suporte. Dessa forma, nenhum autista é igual ao outro.
Assim como pode existir um autista com dificuldade de interação social, tímido retraído, pode existir outro sociável, espontâneo e comunicativo. Mesmo tendo essas características, ele não deixou de fazer parte do espectro.
Essa frase, além de estar carregada de desinformação, pode fazer o autista sentir que sua condição está sendo questionada.
Isso acontece porque autistas costumam ter dificuldade de perceber as nuances da entonação de fala de terceiros, tendendo a interpretar tudo ao pé da letra e não percebem ironias ou piadas com duplo sentido.
Alguns também podem não conseguir compreender a comunicação não verbal, como gestos, linguagem corporal e expressão facial.
Para muitos autistas, manter contato visual pode ser desconfortável ou até angustiante. Essa dificuldade é frequentemente mal interpretada como desinteresse ou falta de educação.
No entanto, para os autistas, evitar o contato visual pode ser uma maneira de se concentrar melhor na conversa ou se sentir mais confortável.
Alguns autistas têm um apego excessivo a rotinas, padrões ritualizados e resistência a mudanças inesperadas.
Assim, mudar o que previamente foi combinado com ele, pode lhe trazer insegurança e representar uma situação muito desafiadora.
A ampla gama de habilidades, desafios e características que variam significativamente de uma pessoa para outra dentro do espectro reforçam que não há uma “forma única” de ser autista.
Assim, entender essa variação também ajuda a desmistificar estereótipos e criar um olhar mais inclusivo e acolhedor para essas pessoas.
IMPORTANTE: somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar autismo e indicar tratamentos.
Veja também: 5 comportamentos esperados de autistas em uma interação social
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