Manter a saúde em dia é um desafio que exige cuidados como não fumar, manter uma dieta balanceada e um peso corporal adequado. Além disso, a prática de atividade física é essencial para proteger e fortalecer o organismo contra possíveis ameaças.
No entanto, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que aproximadamente 47% da população brasileira não pratica atividade física com frequência, enquanto 14% se exercitam por menos de 10 minutos, uma média alarmante que preocupa especialistas.
Isso porque a prática regular de atividade física é imprescindível para prevenir uma das principais causas de mortes no país: as doenças cardiovasculares. E, entre elas, uma condição que se destaca é o acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com o neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola, a atividade física reduz o risco de AVC por meio de vários mecanismos biológicos. Ele cita, por exemplo, a redução da pressão arterial, melhoria do perfil lipídico, controle do diabetes, redução da obesidade, aumento da função vascular, e diminuição da inflamação e estresse oxidativo.
O médico lembra que a falta de atividade física tem relação direta com o aumento do risco de AVC, especialmente em populações vulneráveis. Isso por conta da sua associação com fatores de risco modificáveis, como hipertensão, diabetes, obesidade, dislipidemia e sedentarismo.
“A atividade física pode integrar o tratamento e prevenção do AVC por meio de programas de reabilitação cardíaca e vascular, programas de exercícios supervisionados, educação sobre estilo de vida saudável e promoção de atividade física regular”, afirma.
Além disso, a prática de exercícios traz benefícios também para a reabilitação pós-AVC. Entre os ganhos, o médico destaca a melhora da mobilidade, força muscular, equilíbrio, coordenação, função cardiovascular, bem-estar psicológico e qualidade de vida.
“No entanto, vale lembrar que existem recomendações específicas de atividade física para pacientes pós-AVC ou em alto risco”, alerta o neurocirurgião.
Victor Hugo cita que é importante, por exemplo, exercícios aeróbicos de intensidade moderada a vigorosa, de fortalecimento muscular, de equilíbrio e flexibilidade. Todos eles devem se adaptar às capacidades individuais e ter supervisão de profissionais de saúde.
Muitas pessoas atribuem a falta de atividade física à rotina agitada. No entanto, a cirurgiã vascular Dra. Cristienne Souza adverte que essa prática pode desencadear problemas graves de saúde vascular que poderiam ser evitados com a prática regular de exercícios.
A médica ressalta que é possível incorporar a atividade física de diversas maneiras, desde ir a pé ou de bicicleta para a escola até a prática de esportes formais.
Além de ser divertida, ela também desempenha um papel crucial na redução do risco de várias doenças. “A atividade física ajuda a queimar calorias, controlar a pressão arterial e manter o fluxo de sangue preservado”, reforça a especialista.
Nesse sentido, atividades como corridas e caminhadas são especialmente recomendadas para manter o sistema circulatório saudável. “Essas atividades auxiliam no funcionamento correto do sistema circulatório, aumentando o fluxo sanguíneo e melhorando a circulação”, diz Cristienne.
Ela enfatiza que a movimentação dos membros, principalmente inferiores, estimula o retorno do sangue venoso ao coração, fortalecendo as paredes dos vasos sanguíneos e reduzindo drasticamente o risco de desenvolvimento de doenças vasculares.
A cirurgiã vascular dá algumas dicas para prevenir doenças vasculares. Confira:
“Seguir essas dicas pode ajudar a prevenir doenças vasculares e manter a saúde vascular em boa condição”, afirma a médica da clínica Venous.
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